É amanhã!

Aqui estou eu mais uma vez a escrever no nosso "blog" ao som do grandioso Paredes: magnífico! É amanhã o dia, que venha rápido. Hoje não vou sair, o dia está chuvoso e a nostalgia invade o meu coração. Amanhã é o dia em voltarei a ter 18 anos, amanhã voltarei à formosa Lusa Atenas, o Modego fita-nos, anseia o nosso regresso. É amanhã, sábado, dia do reencontro, o dia em que tornaremos a ser um outra vez. Amanhã é o dia em que a minha prosaica existência dexará de estar supensa e correrá para o berço, sim, o berço, local de (re)nascimento, local onde me tornei homem. Voltarei ao sítio onde amei, sonhei, em suma, onde atingi o zénite da minha existência. Amanhã, capas negras, amanhã tornarei a viver, calcorrearei as ruas da felicidade, ruas que conhecem o âmago do meu ser, as amarguras, anseios e esperanças pueris, melhor que qualquer pessoa. Amanhã traçarei a minha capa outra vez. Amanhã o traçadinho acompanhar-me-á, falarei com Baco, cantarei, serei "eu" outra vez. Amanhã o atómato que habita em mim ganhará contornos humanos. Amanhã, capas negras, amanhã é o dia. O ontem amanhã será presente.