quarta-feira, março 19, 2008

"No country for young men"

Vivemos num país onde as oportunidades para os jovens escasseiam, dá-se preferência féretros em detrimento do sangue novo que realmente poderia ajudar Portugal a disparar finalmente como um Estado ao nivel dos seus pares ocidentais.

Uso como exemplos o meu, o Bruno e o Feirão. No meu caso de nada me valeu a licenciatura em História tirada na Universidade de Coimbra (outrora garantia de um futuro brilhante), continuo a ter que trabalhar ao fim de semana nos malditos casamentos, faço um part-time num ginásio como monitor de musculação e trabalho numa empresa de consultadoria financeira, como podem ver tem tudo a ver com História (só se for a minha para contar aos netos).

No caso do Bruno, apesar das dificuldades para fazer o curso de Direito (que advinham mais da balda do que as dificuldades de estudo), via-se perfeitamente que percebia e gostava muito daquilo, mas dois anos após ter terminado, a alternativa teve que passar por ir para o Exército para poder ganhar algum dinheiro e prosseguir com a sua vida. O caso do Feirão foi parecido, licenciou-se em História mas optou pela GNR, o que lhe dá garantias de um futuro economicamente seguro.Agora multiplique-mos estes casos por milhares e temos a realidade dos jovens em Portugal.

No filme "No country for old men" Javier Bardem é um assassino sem escrúpulos, sem identidade e sem sentimentos, no nosso filme esta personagem é protagonizada por José Sócrates. Este conseguiu acabar com os nossos sonhos e expectativas a nivel profissional e pessoal (como podemos nós pensar em casar e ter filhos se nem o nosso emprego de sonho temos?).

No entanto, se formos a uma repartição de finanças, à segurança social, a um instituto de uma qualquer universidade teremos a garantia de sermos atendidos por um féretro antipático e incompetente que só conseguiu o seu emprego porque de 1975 até 1994 o Estado português quis compensar o povo por 48 anos de Estado Novo.

Por isso sem dúvida que vivemos num país que não é para novos mas que também não educa e torna mais produtivos os velhos que nos barram o acesso à vida que merecemos.

4 comentários:

Daniel Fernandes disse...

apesar de dizerem que sou o que está melhor (e espero que para mim ainda não esteja mt mal), também o sinto, principalmente pela minha Natália, que à semelhança de voçes, sofre do mesmo mal.

Vasco disse...

Pois é eu ainda agora comecei a minha vida de estudante universitário e ja me estou a deparar com casos como o do carlos feirao bruno e mais uns milhares.
Por isso faço varias vezes esta pergunta sera que vale a pena tanto esforço? Tanto trabalho?
Acho que a resposta é não!

Bruno Sousa disse...

Pois, as coisas hoje estão difíceis, não se comparam a antigamente em que quem acabasse um curso universitário tinha logo emprego e ganhava um estabilidade ao fim de pouco tempo. No meu caso, o exército, foi sempre uma possibildade, até por outras razões, mas vamos a ver como será o futuro. É estar atento e pode ser que surja qualquer coisa... abraço.

DDivinal disse...

mt bem mt bem... carlos a presidência!

oh isto está mau mas inda vai ficar bom eu sei que sim!